Crianças e Esportes

A prática de exercícios físicos é um método incontestável para prevenir doenças e garantir saúde para todas as idades. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças devem fazer 60 minutos de alguma atividade que mexa com o corpo por, pelo menos, cinco dias por semana. Além de contribuir para o aumento da apetite e melhorar a qualidade do sono, uma vida ativa na infância é um investimento para a aquisição de ossos mais fortes e um aparelho respiratório mais desenvolvido na vida adulta.

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CrianÁas brincando na praia de castelo de areia

No entanto, ocupar a agenda das crianças desde muito cedo com uma ou mais modalidades esportivas não é recomendável. Primeiro porque elas precisam de maturidade física e mental para praticar esportes que requeiram algum preparo específico, como vôlei, basquete e futebol. Segundo, porque somente após os 6 anos de idade é que os pequenos conseguem aprender as regras, desenvolver os reflexos da defesa e ganhar massa óssea e muscular para o treinamento. Lesões no corpo desses iniciantes é outro ponto negativo relacionado à prática de esportes para crianças pequenas.

O ideal, nessa fase da vida, é sanar as necessidades de movimento de acordo com o que pede a idade: brincando. Segundo Dr. Páblius Silva, médico reumatologista e especializado em medicina do esporte, “até por volta dos 6 anos, as brincadeiras são definitivamente as melhores atividades para a população pediátrica”. Vale tudo: correr, pular, jogar bola, brincar de esconde-esconde, de roda e de pega-pega, pular corda, andar de bicicleta, dançar.

Crianças-jogando-Bola

Depois disso, entre 7 e 12 anos, já é possível encaminhar a garotada para algum esporte de seu interesse, respeitando, é claro, suas limitações físicas. “Mesmo sendo da mesma faixa etária, as crianças apresentam diferentes níveis de desenvolvimento físico”, analisa Dr. Páblius. Isto é, o amiguinho de 11 anos não terá a mesma condição física que seu filho. Além disso, nessa etapa, não se deve enfocar no aspecto competitivo da modalidade escolhida, mas usar os valores do esporte para preparar os cidadãos para a vida social, como a necessidade de cumprir as regras do jogo, respeitar o adversário, trabalhar em conjunto e entender que, em qualquer competição, um dia se ganha e outro dia se perde.

A partir dos 13, o pré-adolescente já pode suportar um treinamento de intensidade moderada a forte, assim como pensar em metas para atingir, dentro de sua categoria, sempre com o acompanhamento de um educador físico. Aos pais e treinadores, cabe o maior cuidado para não desmotivar o jovem, já que o limite entre o incentivo e a cobrança costuma ser tênue. “Lembre-se de que a idéia por trás de tudo é formar uma pessoa ativa, que continue praticando atividades físicas ao longo de toda a vida”, comenta Dr. Páblius. Tornar-se um grande atleta será consequência de talento esportivo e aptidão para a modalidade escolhida.

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Matéria editada por Juliana Diegoli, enviada por Dr. Páblius Silva.

Circo para o Corpo

Aulas de circo têm sido uma boa alternativa para quem busca novas formas de trabalhar o corpo de uma maneira lúdica e criativa. Elas estão entre as atividades mais completas para conseguir um bom condicionamento físico, proporcionando grande queima de calorias, fortalecendo e tonificando a musculatura de todo o corpo – com destaque para braços, pernas e abdômen, além de desenvolverem agilidade e flexibilidade. Também exigem grande concentração e persistência, porque as técnicas são complexas. Os resultados para o organismo são os mesmos da musculação e da ginástica aeróbica. O gasto médio de calorias por hora varia entre 400 a 600.

Fragmentos Produções. Créditos: Fernanda Kirmayr

Fragmentos Produções. Créditos: Fernanda Kirmayr

Camila Vaz é atriz, professora de teatro na Oficina de Menestreis e fundadora da escola de circo Fragmentos Produções. A escola aconteceu or acaso: “queria um lugar onde eu pudesse treinar, ensaiar e promover encontros. Com a procura constante por aulas de circo, acabamos transformando o espaço numa escola.”

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A maioria dos alunos são crianças e mulheres, mas é possível encontrar pessoas de todas as idades e sexos. Segundo Camila, “as aulas trabalham um pouco de tudo: aquecimento acrobacias, malabares e aparelhos aéreos. O corpo é trabalhado como um todo, desenvolvendo o lado lúdico, força, atenção e coordenação.” As aulas são extremamente divertidas: “além das músicas, fazemos com que os alunos ajudem uns aos outros, como uma equipe”, comenta a atriz. Para as crianças, os exercícios são aplicados em formato de faz-de-conta, como imitações de bichos e, segundo Camila, “tudo com muito carinho”.

Fragmentos Produções. Créditos: Fernanda Kirmayr

Fragmentos Produções. Créditos: Fernanda Kirmayr

Quase impossível de cair na rotina, atividades circences trazem um universo infinito de possibilidades, com exercícios diferentes, em vários níveis de dificuldades. Para que não gosta do universo de academias, o circo está montado para acabar com as desculpas.